quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
aqui
quando estou aqui mesmo sozinho eu vejo o que ninguém vê eu sou o que eu só posso ser quando estou aqui mesmo sozinho aqui a tristeza não me pega aqui eu sou diferente aqui eu sou maior menor mais numeroso menos frágil mais alto há vagas para quem quiser estar aqui mas aqui não é um lugar se fosse eu poderia te convidar mas aqui eu não sinto sua falta aqui é tudo muito diferente
partir
partir não é deixar para trás nem apagar mas criar um depois para aquilo que nunca será esquecido tampouco revivido
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
três sonhos
três sonhos lembrança de nenhum deles batidas da colherinha na beira do copo de café com o sol entrando com força pelas frestas da persiana numa manhã notavelmente torta como tantas outras pernas doídas por motivos que não justificam porque nem tão novo nem tão velho como se poderia esperar como se desejaria para pelo menos ter como explicar o verão sem sentido que não é sinal de férias não é de festa nem de descanso é um nome vazio cheio de calor que piora a tendência à prostração dos dias que passam são a esperança de outros dias diferentes desses de preferência em quase tudo
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
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