quinta-feira, 19 de agosto de 2010

teimosismo



quando tudo se entorta e nós nesse tudo, quem seremos, saberemos desentortar, para que não seja tão grave, talvez, seguir futucando na memória, lembrar que não foi uma única vez, nem a última será, o estado das coisas é sempre assim, cataclísmico, sujo, empoeirado como cantos de casa de homem solteiro, como cuecas velhas, comida azeda. é com a risada e com os devaneios que se revestem aqueles que chegam mais longe, mais longe que os outros que simplesmente pararam de caminhar, porque sempre é assim, não há nada de óbvio ou causal, por simplesmente se saber que nunca se vai chegar, não! isso não implica em se parar. quem anda sabe que tipo de coisa se escuta no caminho. é normal, no início, tentar explicar, às vezes para si próprio, e a convicção que surgia da simples dúvida, esta muda logo, e quando amadurece pára de explicar, só não pára de tentar. é quando tudo se entorta e segue. do jeito que vai, do jeito que dá.

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