segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

dos panos e ratos


as horas, são poucas agora, logo serão muitas e depois deixarão de ser, simplesmente. porque as horas são frias, duras. as horas são os dias recortados, que são as semanas, que são os meses, os anos, todos recortados. enquanto passam, todos estes, tentamos nos costurar, tecer. recortados somos nós, retalhos. a colcha é uma memória de mentira. às vezes, ao ficarmos velhos e juntos, nascem os ratos. geração espontântena do pior destino que um emaranhado de linhas pode ter. linha e agulha, cadê?

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