terça-feira, 6 de abril de 2010

singular


o singular não se encontra todo dia mas toda a vez que se encontra ele faz você achar que sabe ele sabe mais e se não mais certamente melhor o singular te olha no olho não arrega espera espera espera te testa espera a reação não importa qual ele sabe mais e se não mais sabe melhor e depois do seu encontro com ele você não é mais o mesmo pelo menos por um tempo mas ele não se importa porque ele não lembra de você porque ele não tem memória ele não existe no espaço mas só no tempo o singular se faz no tempo é encontro em que se torna mais do que você achou que existiria e repeitar o singular é não querer o ter compreendido mas sim guardar na memória que ali naquele momento você viveu algo novo do que conhecia e como tudo que se preze não acontece duas vezes... singular, singular, singular, singular, singular e se um dia acontece de novo e você acabe por o reconhecer o singular ele se tornou o belo. o belo é o singular que venceu as agruras do tempo

2 comentários:

  1. que lindo... a singularidade me interessa tanto...cada dia me reinvento... singularmente, gerundiamente... vivendo... essa criança é tão linda !!!singularmente meu filho !continue Bruno,,, espalhando letras, poesia, filosofia, diferença... omundo precisa !!!vamos trocar mais.... vc ja estudou Bergson, Nietsche ???
    parabens !

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  2. São 10 pras 11 ou 11 pras 10?
    Os miolos fritos quase prontos
    Travam e calam de tão tontos
    Que se danem os ponteiros tortos
    Que se cansem, não levanto

    É marcador cruzando minutos
    Segundo tremendo no deserto
    Um quarto correndo passa perto
    Deitado procuro com desleixo
    Um eixo e tapa no despertador

    Quanto tempo serei inteiro?
    Quanto lento conseguir voar
    O relógio do meu interior
    É quem sabe das coisas
    É quem conta a história

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