domingo, 17 de janeiro de 2010

o muro



que se fodam, pensou ele antes de tomar a decisão. seguiu em frente e ao se deparar com aquele incrível muro começou a imaginar porquê ninguém nunca havia escrito ou desenhado ali. olhou para um lado, para o outro. ninguém. nem o vento nem o som apareceram naquela noite. o sangue esquentava nas suas veias, sua pele arrepiou e ele lentamente levantou sua lata. a mão ainda muito trêmula procurou o ponto de partida perfeito. antes da primeira espreiada uma lágrima escorreu pelo seu rosto. um sorriso lhe acompanhou por toda aquela noite assim como algumas outras lágrimas e uma intensa sensação de estar vivo. no dia seguinte todos os passantes puderam ver que onde antes existia um muro vazio agora havia uma cidade.

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