terça-feira, 5 de janeiro de 2010

joão e o portão





todos correm na mesma direção, todos rumam para o portão, joão não. joão não entende. joão olha em volta e não entende. joão olha para o portão e não entende. joão olha para o rostos aflitos e não entende. joão não vê muros. joão não vê ameaças. joão não entende. joão não vai. joão fica. joão se sente aliviado. joão fica. depois que todos vão, joão olha para o portão. não ve muros nem ameaças, só vê o portão. joão não entende, todos foram pelo portão. joão não entende. joão se sente aliviado.

2 comentários:

  1. João não conheceu o velho do saco!
    Coitado! Era feio, sujo e mulambento.
    Assustava todas as crianças,
    ameaçando jogar lá dentro.
    Lá dentro tudo era cinzento; cinzento de fome,
    cinzento de agorento. Jazia o amor.
    Grandioso era o tormento.
    João não conheceu aquele ser nojento,
    que colocava todo mundo em apuros.
    João só viu o portão, João não via o muro,
    porque João (que sorte!) não conheceu o velho que trazia a morte.

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